Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. (2 Co 13:8). Não há dúvida quanto a esta afirmação. A verdade é eterna por definição, entretanto, quantas vezes a verdade terá de ser dita e repetida até derrubar a mentira?
Esta é a questão que deve ocupar a nossa atenção na luta contra o que tem sido chamado de “notícia falsa”.
E aqui se encontra o grande problema: é uma mentira que se apresenta com o aparato da notícia, dando ares de credibilidade. É mais do que uma mentira proferida por qualquer motivo, trata-se de uma urdidura.
Quem tem acesso aos gabinetes que a elabora percebe que se trata de uma estrutura de guerra, aliás, tem sido tratada como parte do que é chamado de “guerra híbrida”.
Daí, nada é mais urgente do que denunciar e desqualificar a “notícia falsa” tão logo ela seja detectada. Muitas vezes, essa desqualificação se encontra no corpo da notícia, às vezes de forma grotesca, como a falsa manchete do New York Times, que continha um erro crasso de inglês na construção da frase título. Outras vezes, essa detecção é mais difícil dada a sofisticação, principalmente, quando é recheada de pseudos dados ou pesquisas.
A Igreja pode e deve agir em relação a essa onda de falsificações, chamando a atenção para o fato de que a certeza da vitória da verdade não pode substituir a denúncia da mentira e a disciplina do mentiroso.
O que muitas vezes tem acontecido é que, mesmo depois que a mentira é desmascarada, o mentiroso não é disciplinado e continua a produzir mentiras na odiosa tentativa de “fazer colar” uma inverdade, em vista de objetivos, obviamente, escusos.
A disciplina ao mentiroso consiste em criminá-lo e despojá-lo de qualquer credibilidade, até que não reste a menor dúvida de sua mudança e postura e de comportamento. Isto significa, para além de escancarar a falsidade, impondo a verdade, denunciar e criminar o mentiroso e deixar de ouvir tal pessoa até que o quadro mude visível e incontestavelmente.
A mentira tem fôlego curto, mas produz desastre a cada respiração. Por isso, tem de ser calada o mais rápido possível.
Ariovaldo Ramos
Coordenador Nacional da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito